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Moscovo precisa de um novo inimigo

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Parece que Ianukovitch percebeu que levou a Medvedev e a Putin em sua própria armadilha.

Apesar da óbvia decoratividade, a visita de Victor Ianukovitch a Moscovo teve duas consequências importantes. Em primeiro lugar, o líder ucraniano reforçou uma "cunha martelada" entre o presidente e o primeiro-ministro da Rússia. Em segundo lugar, ficou claro que para o oficial Moscovo para a unidade de pontos de vista e posições foi muito conveniente o Presidente Yushchenko. A atitude negativa em relação dele justificava todas as decisões económicas e declarações políticas por parte da liderança da Rússia à Ucrânia.

Ao mesmo tempo o Ianukovitch não moveu o dedo para que alguma coisa começasse a mudar na Rússia.


O novo presidente ucraniano, naturalmente, não tinha como objectivo fazer uma parte de guisado político da Rússia. Mas, tendo o papel de "bom presidente" versus a "Yushchenko ruim", Ianukovitch era suposto de ser um elemento de consolidação, uma espécie de coringa, que o poder de Medvedev - Putin poderia trazer para a sociedade. Formalmente, isto aconteceu: o protocolo foi mantido e as futuras realizações foram descritas. Mas os russos limparam muito cuidadosamente da agenda de negociação todas as perguntas potencialmente difíceis.

Está claro o aborrecimento de Vladimir Putin, cujas piadas sobre a gordura e propostas provocativas sobre a entrada da Ucrânia na União Aduaneira que confrontam à adesão à OMC poderiam ser chamadas de vandalismo político. Toda a gente sabe que o Primeiro-Ministro da Rússia encontrou a linguagem comum com Iúlia Timochenko que perdeu as eleições. E o assunto aqui não está apenas na revisão dos contratos de gás, em que insiste Ianukovitch. Há muitas outras esferas de interacção, menos públicos, em que os Chefes dos Governos acordaram: desde questões da privatização de bens estratégicos até ao tema da posição de monopólio da Rússia sobre o mercado ucraniano da energia nuclear, que em breve ultrapassará a capacidade financeira do sector do gás. Como Putin evitou a discussão com Ianukovitch sobre problemas económicos específicos, de mesmo Medvedev tentou de contornar os problemas agudos político. Questões do NATO, de língua russa, de interpretação da história, de promoção no conjunto à UE e outros soavam muito superficial. Felizmente, que o estatuto oficial da visita, com colocação de coroas e posando para os fotógrafos, apertou o tempo, não deixando para o lado ucraniano de marcar uma posição mais clara de Kiev. O antigo presidente Yushchenko recebeu características de consolidação do inimigo e ao seu sucessor o Moscovo já deu tantas promessas de antemão, que Ianukovitch ficaria só para vir e reclamar a promessa.

Na Rússia, entendem muito bem que o novo presidente ucraniano não vai resolver nenhum dos problemas políticos sozinho. Por outras palavras, a vitória de Ianukovitch não mudou nada, mas apenas avaliou os ângulos mais agudos. Na situação actual, em termos de Moscovo oficial, não se pode não estar de acordo com as propostas económicas do Sr. Ianukovitch, que, na verdade, segue a mesma linha com Yushchenko, nem rejeitar a oferta sem explicação. Na verdade, a Rússia não pode declarar Ianukovitch como o novo inimigo e o próximo presidente da Ucrânia anti-russo.

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